Marrocos: Uma oportunidade negocial para a fileira
AECOA traz especialistas no mercado marroquino no âmbito do projeto 'Qualify.teca'

6-1-2023, Oliveira de Azeméis     914


Os marroquinos possuem “uma excelente capacidade de negociação”. Quem o afirmou foi José Maria Teixeira, presidente da CCISPM, que regressou à nossa região a convite da AECOA.

Realizar uma análise prévia do mercado e visitas de prospeção, nomeadamente para seleção de clientes e/ou parceiros de negócios foi uma das recomendações deixadas pelo presidente do Conselho de Administração da Câmara de Comércio, Indústria e Serviços de Portugal em Marrocos (CCISPM), José Maria Teixeira. Este responsável esteve entre nós, em meados de novembro, acompanhado por Ayoub Ibnou Lfassih, jornalista especializado em Economia e Negócios em Marrocos.
Para além de visitas a diversas empresas do Entre Douro e Vouga e Baixo Vouga, no âmbito do projeto ‘Qualify.teca’, o seminário do dia 15 foi uma oportunidade excelente para serem anotadas diversas sugestões e dicas por empreendedores que queiram apostar no mercado marroquino.
Voltando às recomendações de José Maria Teixeira, valorizar a comunicação escrita em detrimento da oral, de forma a evitarem-se “más interpretações” foi também frisada, assim como é de “estimar o relacionamento pessoal” enquanto parceiros. Como a cultura negocial e comercial varia de país para país, no que diz respeito a Marrocos importa, igualmente, “persistir”, ter sempre presente “a excelente capacidade de negociação dos marroquinos” e estarmos atentos aos detalhes dos respetivos hábitos culturais e a própria religião. Por outro lado, José Maria Teixeira salienta que para conseguir integrar-se, negocialmente, de forma satisfatória e com êxito em Marrocos, o ideal mesmo é “criar uma empresa local”, ou pelo menos “ter um parceiro no país”.

CCISPM pronta para dar uma ‘mãozinha’.

Durante o seminário “Marrocos, uma oportunidade para a fileira ‘Equipamentos, Serviços e Ingredientes para a indústria alimentar’”, o líder da CCISPM deixou, também, alguns dos préstimos que esta instituição, com a qual a AECOA tem um protocolo de cooperação, pode oferecer aos empresários que a contatem. Entre outros apoios, pode contar-se com a elaboração de bases de dados, prospeção de mercado, análise à concorrência, missões individuais e personalizadas de negócios, serviços de apoio e acompanhamento a feiras e, mesmo, organização de missões comerciais e empresariais. Neste último aspeto, ficou o desafio para concretização de uma missão empresarial a Marrocos, com empresas afetas a ambas as associações promotoras do projeto – Associação Empresarial do Concelho de Oliveira de Azeméis (AECOA) e Associação Empresarial de Águeda (AEA) – o mais breve possível. E interessados, pelo que notámos, não faltam, nomeadamente na própria fileira a que se dedica o projeto.
De reter que o ‘Qualify.teca’ pretende promover a clusterização da fileira ‘Equipamentos, Serviços e Ingredientes da Indústria Alimentar’. É financiado pelo Portugal 2020, no âmbito do Programa Operacional Competitividade e Internacionalização, no montante de 678.179,55 euros, dos quais 576.452,55 euros são provenientes do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER).

Outras visitas internacionais agendadas

A vinda de personalidades estrangeiras a Oliveira de Azeméis e a Águeda faz parte de uma das atividades previstas no projeto. Recentemente, estiveram também entre nós o especialista alemão em tendências de mercado e revolução tecnológica na área alimentícia, Cryriacus Schultze, e o jornalista da ‘FoodTech Magazine’ também da Alemanha, Ian Healey. Em breve, prevê-se a vinda de players da Península Arábica e do Magreb.
De reter que o ‘Qualify.teca’ é financiado pelo Portugal 2020, no âmbito do Programa Operacional Competitividade e Internacionalização, no montante de 678.179,55 euros, dos quais 576.452,55 euros são provenientes do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER).


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