Marrocos: Uma oportunidade negocial para a fileira
AECOA traz especialistas no mercado marroquino no âmbito do projeto
'Qualify.teca'
Os marroquinos possuem “uma excelente capacidade de negociação”. Quem o
afirmou foi José Maria Teixeira, presidente da CCISPM, que regressou à nossa
região a convite da AECOA.
Realizar uma análise prévia do mercado e visitas de prospeção, nomeadamente para
seleção de clientes e/ou parceiros de negócios foi uma das recomendações deixadas pelo
presidente do Conselho de Administração da Câmara de Comércio, Indústria e Serviços
de Portugal em Marrocos (CCISPM), José Maria Teixeira. Este responsável esteve entre
nós, em meados de novembro, acompanhado por Ayoub Ibnou Lfassih, jornalista
especializado em Economia e Negócios em Marrocos.
Para além de visitas a diversas empresas do Entre Douro e Vouga e Baixo Vouga, no
âmbito do projeto ‘Qualify.teca’, o seminário do dia 15 foi uma oportunidade excelente
para serem anotadas diversas sugestões e dicas por empreendedores que queiram
apostar no mercado marroquino.
Voltando às recomendações de José Maria Teixeira, valorizar a comunicação escrita em
detrimento da oral, de forma a evitarem-se “más interpretações” foi também frisada,
assim como é de “estimar o relacionamento pessoal” enquanto parceiros. Como a
cultura negocial e comercial varia de país para país, no que diz respeito a Marrocos
importa, igualmente, “persistir”, ter sempre presente “a excelente capacidade de
negociação dos marroquinos” e estarmos atentos aos detalhes dos respetivos hábitos
culturais e a própria religião. Por outro lado, José Maria Teixeira salienta que para
conseguir integrar-se, negocialmente, de forma satisfatória e com êxito em Marrocos, o
ideal mesmo é “criar uma empresa local”, ou pelo menos “ter um parceiro no país”.
CCISPM pronta para dar uma ‘mãozinha’.
Durante o seminário “Marrocos, uma oportunidade para a fileira ‘Equipamentos,
Serviços e Ingredientes para a indústria alimentar’”, o líder da CCISPM deixou,
também, alguns dos préstimos que esta instituição, com a qual a AECOA tem um
protocolo de cooperação, pode oferecer aos empresários que a contatem. Entre outros
apoios, pode contar-se com a elaboração de bases de dados, prospeção de mercado,
análise à concorrência, missões individuais e personalizadas de negócios, serviços de
apoio e acompanhamento a feiras e, mesmo, organização de missões comerciais e
empresariais. Neste último aspeto, ficou o desafio para concretização de uma missão
empresarial a Marrocos, com empresas afetas a ambas as associações promotoras do
projeto – Associação Empresarial do Concelho de Oliveira de Azeméis (AECOA) e
Associação Empresarial de Águeda (AEA) – o mais breve possível. E interessados, pelo
que notámos, não faltam, nomeadamente na própria fileira a que se dedica o projeto.
De reter que o ‘Qualify.teca’ pretende promover a clusterização da fileira
‘Equipamentos, Serviços e Ingredientes da Indústria Alimentar’. É financiado pelo
Portugal 2020, no âmbito do Programa Operacional Competitividade e
Internacionalização, no montante de 678.179,55 euros, dos quais 576.452,55 euros são
provenientes do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER).
Outras visitas internacionais agendadas
A vinda de personalidades estrangeiras a Oliveira de Azeméis e a Águeda faz parte de
uma das atividades previstas no projeto. Recentemente, estiveram também entre nós o
especialista alemão em tendências de mercado e revolução tecnológica na área
alimentícia, Cryriacus Schultze, e o jornalista da ‘FoodTech Magazine’ também da
Alemanha, Ian Healey. Em breve, prevê-se a vinda de players da Península Arábica e
do Magreb.
De reter que o ‘Qualify.teca’ é financiado pelo Portugal 2020, no âmbito do Programa
Operacional Competitividade e Internacionalização, no montante de 678.179,55 euros,
dos quais 576.452,55 euros são provenientes do Fundo Europeu de Desenvolvimento
Regional (FEDER).