UA desenvolve fato ignífugo em parceria com GNR
A Universidade de Aveiro (UA) está a desenvolver, em parceria com a GNR, um novo fato de proteção contra o fogo que, para além de oferecer uma camada adicional de proteção térmica - essencial para mitigar os riscos de queimaduras -, promove ativamente a circulação do ar, reduzindo a transpiração e expulsando o ar quente. Para isso, a UA formalizou, a 15 de março de 2024, um protocolo de cooperação com a Guarda Nacional Republicana.
O fato ignífugo foi desenvolvido na UA por Filipe Bento (investigador) e Francisco
Providência (designer e docente), membros do Departamento de Comunicação e Arte
(DeCA). Este novo equipamento de proteção individual (EPI) apresenta uma abordagem
multifacetada para garantir a segurança e o conforto dos utilizadores. Para além de
oferecer uma camada adicional de proteção térmica, essencial para mitigar os riscos de
queimaduras, este fato promove ativamente a circulação do ar, reduzindo a transpiração
e expulsando o ar quente. Estas características inovadoras permitem baixar a
temperatura corporal e evitar problemas de stress térmico, exaustão prematura e
mobilidade reduzida.
A UA garantiu os direitos de propriedade industrial ao proteger estes desenvolvimentos
tecnológicos através de um pedido de patente e de desenho ou modelo.
A proteção da tecnologia no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) por
desenho ou modelo e pedido de patente permite proteger o seu design inovador, bem
como a invenção que promove a circulação eficaz do ar quente entre o equipamento e o
corpo humano. Com saídas estrategicamente posicionadas, o sistema dissipa o calor
para o exterior, promovendo maior conforto e eficiência.
O protocolo assinado com a GNR permitirá o teste e validação no terreno de protótipos
do fato ignífugo, em contexto de exercício de treino e simulação, pelos sapadores
florestais da Unidade de Emergência de Proteção e Socorro. A validação desta
tecnologia junto dos elementos da GNR irá permitir a sua maturação tecnológica e
fomentar a implementação no setor dos EPI, através da cooperação com entidades
públicas ou privadas.
A UACOOPERA, estrutura responsável pela interface da UA com o exterior, que tem
como objetivos apoiar a academia nas diversas atividades de cooperação com a
Sociedade e valorizar o conhecimento e os resultados das atividades de I&D, mantém-se
disponível para debater esta tecnologia.